Moldagem é uma das modalidades exercidas pelo “torturador”

Pode parecer manchete de jornais sensacionalistas, mas o título da matéria resume numa linha o que acontece nesse terror que envolve profissional da Odontologia. Aliás, quando se pesquisa filmes com títulos em que dentista seja destacado, logo de cara aparece essa produção de 1996 que passou merecidamente em branco por aqui. O título não podia ser mais neutro e minimalista: “O Dentista” (The Dentist), mas explora todos os arquétipos do dentista-torturador. O filme é dirigido pelo filipino radicado nos EUA, Brian Yuzna, que é especializado em filmes de terror e, para não deixar a menor dúvida, por sua câmera já rodaram os longas: “Rotweiller”, “Arachnid”, “Amphibious”, além da saga “Re-animator”.

O protagonista é obscuro, mas interpreta com competência a saga do dentista que descobre que a mulher o trai com o tratador da piscina e literalmente surta. Ato contínuo, fica projetando a bela mulher em cada paciente que trata, e desejando que cada paciente masculino fosse o tratador, para que ele execute a vingança. Muito sangue, extrações, e péssima odontologia praticada pelo profissional desregulado. Como curiosidade, a ponta do ótimo Mark Ruffalo, que faz o namorado de uma cliente. Ainda bem que o filme não teve distribuidor nos cinemas por aqui, porque é constrangedor para profissionais sérios, mesmo que levado como hipérbole. Mas o nicho de terror sustenta muita coisa: o longa fez algum barulhinho no mercado americano, que acolheu um “O dentista 2”, dois anos depois.